Carlos Verdasco Carballo - análise do árbitro de Dublin

 

Carlos Verdasco Carballo



Data de Nascimento - 13 de Março de 1971 (40 anos)

Local de Nascimento e Residência actual - Madrid

Profissão - Engenheiro Industrial

Estreia na 1ª Divisão Futebol Espanha - 2004 (FC Barcelona 2-0 Sevilha)

Estreia como árbitro internacional FIFA - 2008 (amigável Israel 1-0 Chile)

Prémios - Melhor árbitro da 2ª Liga em 2004 e Melhor árbitro da 1ª Liga em 2009



Surpreendeu-me a nomeação de um árbitro espanhol para o confronto nortenho em Dublin, surpreendeu-me e não gostei, porque acho que não traz grande mais-valia à final.

No duelo luso das meias-finais, a UEFA optou sempre por colocar árbitros britânicos em acção, estava delineada uma linha perceptível e aceitável nas opções. Num confronto entre equipas latinas, por acaso do mesmo país, com as condicionantes por isso reunidas...um britânico aceita-se e compreende-se.

Correu bem.

Para a final surge um espanhol.

Um espanhol que nunca apitou qualquer destas equipas e que tem uma experiência muito reduzida de grandes jogos.

Apitou uma das meias finais da Champions ( entre Shalke-Manchester) e penso que nunca apitou sequer um Barça-Real lá no seu país.

Tem selo de Madrid e é muito mal visto no seu próprio país, onde é visto na generalidade como um árbitro caseiro, muito dado ao uso intempestivo de cartões e com critérios muito dúbios na análise dos lances.

Um "artistinha" portanto. Que a UEFA decidiu brindar com uma final europeia.

Se por cá os árbitros são muito maus, as coisas não são muito diferentes por outras bandas, em Espanha por exemplo é mais do mesmo.

A diferença é que há a presunção que o que é de fora é bom, porque não é adepto e não está susceptível de pressões como os conterrâneos, mas a incompetência não tem fronteiras nem olha a cores.

A UEFA podia e devia ter nomeado para Dublin um árbitro de outro gabarito e com outra escola, de outro "colégio", esta está longe de ser uma boa escolha.

Cabe às equipas terem isso em conta e tentarem não dar grande espaço para a demonstração de habilidades deste Carballo.

Quando pedi ao meu amigo Juan Angel de Tena, autor do Almas Sevillistas, um breve comentário ao árbitro em questão...saiu-lhe um contundente...

"Si te digo mi opinion personal, y a nivel del futbol español, para mi es un muy mal arbitro."

"Otra cosa es como se arbitra en Europa..."

Basicamente estes maus árbitros, tendem a tentar transfigurar-se a nível europeu, é bastante comum arbitrarem de uma forma no seu país e adoptarem posturas e critérios diferentes lá por fora.

Resta esperar que isso suceda dia 18 de Maio, que o Carballo passe despercebido e que no dia 19, ninguém tenha de andar a fazer "piadinhas" com o Carballo...



Jornada que promete ser "quentinha"

Finda que está a época natalícia e a jornada de treinos na Taça da Liga, chegam os jogos a sério, numa jornada que pode acentuar ou encurtar distâncias nos lugares cimeiros da tabela.

O FC Porto recebe o Marítimo, adversário que historicamente não se dá nas visitas ao Porto, mas que como sempre tem um bom plantel e conta com um presidente vermelho de cima a baixo e com um azedume cada vez maior em relação ao FC Porto.

Depois da escorregadela frente ao Nacional e invencibilidade perdida, o foco regressa na corrida ao título e no compromisso com a vitória na competição que temos como maior objectivo da temporada.

Nada melhor que um jogo em casa, com os melhores jogadores à disposição e com um horário minimamente decente que resultará numa provável boa afluência de adeptos azuis e brancos.

Já não me lembro da última vez que o FC Porto jogou antes do benfica para a Liga, até causa estranheza a Liga permitir tal coisa, estragando a possibilidade remota do 2º classificado reduzir distâncias por 24 horas com as habituais capas dos média lisboetas.

O FC Porto tem de dar uma resposta às frouxas exibições que vem fazendo ultimamente e às tentativas de destabilização vindas de lisboa, é preciso demonstrar a força do grupo, entrando de forma agressiva desde o primeiro minuto. Falcao e Álvaro Pereira fazem muita falta, Fernando e Varela regressam, Hulk não pode estar em modo "freestyle" nem pode pesar sobre as suas costas a responsabilidade de ser ele a definir tudo.

Em Alvalade um jogo que promete ser quente q.b., 2 equipas que na Liga estão abaixo do pretendido, não podendo perder mais terreno se querem de facto dar uma reviravolta à situação. 

No sporting fala-se de tudo ou nada, em Braga também só se pensará numa vitória, ultrapassada que está a Liga dos Campeões e a fase mais complicada de gestão para os arsenalistas.

O sporting tem de vencer para, no mínimo, manter a actual posição. Uma derrota poderia separá-los ainda mais da luta pelo 2ºlugar e afundar-se no marasmo de equipas que andam ali por baixo na busca da Europa.

O braga com aspirações legítimas aos lugares cimeiros tem de começar a ganhar terreno, nada melhor do que o fazer frente a um rival directo.

Em Leiria mora o 4º classificado, que se encontra a apenas 1 ponto do sporting, uma deslocação que se vê complicada para os vermelhos. Ainda por cima com o peso de jogarem depois do líder, que não têm sabido o que é, estou algo curioso para ver que resposta irá dar a equipa da cidade do Lis depois da época natalícia neste jogo.

Ultimamente choveram elogios e comparações com os melhores ao técnico leiriense, resta esperar que tenham alguma justificação e que ele consiga fazer qualquer coisa de jeito, frente aos vermelhos.

Além destes jogos temos ainda Portimonense-Setúbal e Rio Ave-Olhanense, jogos importantes para equipas praticamente coladas na classificação e quererem lutar pela salvação o quanto antes. Um Nacional-Beira-Mar, que sem aflições de fundo da tabela, disputam um jogo interessante, havendo também apenas 2 pontos a separá-los.

E se tudo isto não chegar para tornar a jornada quente, Vítor Pereira encarrega-se desde já de o garantir, ora vejamos: Xistra no Dragão, Paixão em Alvalade, Duarte Gomes em Leiria... se não for de uma forma é de outra, garantidamente.